O TEMPO É NOSSO SENHOR ABSOLUTO…
Somos escravos do tempo. Tudo em nossa vida é contado, cronometrado. Cada ação por nós desenvolvida é medido em segundos, minutos… do tempo não há como escapar…
O tempo de descanso é controlado. Após descansarmos, cada atividade desenvolvida tem um tempo para ser realizada, com uma tolerância para mais ou para menos. E assim vamos seguindo…
Para conseguir essa proeza, dividimos o dia em vinte e quatro horas, doze de Luz e doze de Trevas. Como chegamos a essa conclusão eu não sei. Afinal, de quem foi a ideia de dividir o tempo em minutos, segundos, horas, dias, semanas, meses, anos, séculos, milênios… sendo que esse último ninguém consegue vivenciar “in loco”?
Claro que isso tem a ver com a sobrevivÊncia da sociedade. Lá no começo de nossa civilização, quando os grupos deixavam a vida de nômades e criaram raízes em alguns locais propícios para a lavoura, por exemplo, surgiu a necessidade de determinar qual melhor momento para preparar a terra, semear, cuidar da plantação e esperar o momento da colheita.
Os egípcios, 2.000 A.C, já dividiam o dia e a noite em períodos de doze horas…mas a duração de cada hora variava de acordo com a estação do ano. Os babilônios melhoraram o conceito egípcio. Para facilitar a contagem do tempo, dividiram o dia em vinte e quatro horas, considerando um sistema de base de 60, dividindo a hora em minutos e segundos. Com essa manobra, foi possível determinar o tempo com uma certa precisão, necessária para prever o momento certo de trabalhar a terra…
Os gregos, usando o conhecimento egípcio e babilônio, refinaram o conceito, chegando a padrões muito próximos daqueles por nós utilizados nos dias de hoje…
Como percebemos, a medida do tempo é muito importante para nossa civilização. Sem esse recurso, ficaríamos perdidas, sem saber exatamente o que fazer, para onde ir… afinal, se não houvesse como medir o tempo, como faríamos para honrar nossos compromissos?..
Estranho como tais regras foram criadas… facilitam nossa vida com certeza, mas… como alguém conseguiu imaginar o mundo de tal maneira? Dizemos que foi a necessidade de deixar as tarefas mais leves que nos encaminhou a essas descobertas, mas… como a primeira pessoa visualizou os conceitos que levariam a tal evolução? Aliás, se formos questionar todas as conquistas humanas no decorrer da história da civilização, teremos mais perguntas que respostas… pois muitas das perguntas realmente não tem uma resposta satisfatória…
E assim, criando a solução para uma necessidade (ou criando uma necessidade para se encaixar em uma solução) seguimos em frente, dominadas pelo tic tac constante do tempo, a nos lembrar quão efêmera é nossa estada nesse plano… e que, apesar de estarmos presas a Cronos, devemos fazer nosso melhor no dia a dia, para evoluirmos ao próximo Estágio… devemos iluminar o caminho de nossos irmãos quando a noite escura domina o firmamento e temos que aproveitar os momentos de luz que o dia nos proporciona, para seguir sempre em frente, rumo ao Nirvana… que é nosso destino final… afinal, quem não gostaria de alcançar o Paraíso?…
Tania Miranda 17/06/2025

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…
