NÃO FAÇAMOS DO ACOLHIMENTO APENAS UMA PALAVRA
Chegar em um lugar novo, desconhecido, e ser tratada com carinho, é muito gostoso, não é mesmo? Afinal, sempre que iniciamos uma nova jornada, tudo nos parece sombrio e assustador… e por mais que nada falemos, desejamos encontrar um sorriso franco a nos dizer que tudo está bem…
Sim…não importa qual a situação… sermos bem recebidas onde chegarmos é algo que não tem preço… nada se compara ao momento em que nos deparamos com um novo ambiente e o encontramos receptivo, cheio de calor humano…
Parece algo tão simples, quando falamos dessa maneira. Mas quantas e quantas vezes já chegamos em algum lugar e a recepção foi fria, nos dando a impressão de não sermos bem vindas ao local? Acredito que não foram poucas…
Claro que há mil explicações para justificar a falta de empatia num caso como esse. Afinal, as pessoas tem seus problemas particulares e, muitas vezes, mesmo sem ser esse seu desejo, acabam por externá-lo, projetando-o naquele que acabou de chegar. Esse é um problema grave, mas infelizmente faz parte da vida e não há como contornar… ao menos na maioria das vezes…
Somos seres falhos e agimos por impulso, sem pensar nas consequências. Infelizmente ninguém consegue manter seu autocontrole 24 horas por dia. Costumamos reagir de acordo com os pré conceitos em nós arraigados desde o momento que chegamos a esse plano…
Se viemos de um lar amoroso é bem mais simples seguirmos o conceito de bem receber um estranho em nossa vida. Sim, um estranho. Afinal, até que conheçamos ao menos um pouco a pessoa que acaba de chegar, nada sabemos sobre esta. E a primeira impressão será construida sobre aquilo que ouvimos falar ou, se não tivermos nenhuma referência, usaremos a sua apresentação para construir uma imagem que poderá ou não corresponder a realidade…
A pessoa está chegando nesse novo ambiente apavorada, mesmo que seu semblante demonstre serenidade. A calma é só aparente. Sua pulsação está acelerada e só voltará ao ritmo normal depois de passar pelo ritual de apresentação aos membros do novo grupo do qual fará parte… se bem recebida, logo se integrará à turma… se não o for, ficará à margem, até que consiga, aos poucos, criar laços com os membros da comunidade…
E é tão fácil tornarmos esse processo prazeroso… basta acolhermos de braços abertos o novo elemento que chega ao grupo. Para nós pode parecer algo banal… mas quanto mais calorosos, quanto mais receptivos formos, mais a pessoa se sentirá aceita e logo estará enturmada…
Deixemos o coração guiar nossas ações. Usar apenas a razão pode nos fazer tomar decisões equivocadas. Afinal, quem não gosta de ser bem recebido, quando chega em algum lugar novo?..
O acolhimento não deve se limitar à recepção dos novos membros do grupo. Deve fazer parte do dia a dia das pessoas. Um grupo no qual todos se sentem participantes é um grupo feliz. E produtivo. Pois todos caminham juntos rumo ao Nirvana…
Tania Miranda 04/06/2025

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…
