INTOLERÂNCIA… UM CÂNCER EM NOSSA ALMA
Hoje quero falar de… intolerância. Sim. São doze letrinhas que formam uma palavra que ilustra bem o quanto somos preconceituosos. Claro que ninguém deseja ser classificado assim. E nem vê suas convicções pessoais dessa maneira. Mas não se engane. Embora as duas palavras não sejam sinônimos, preconceito e intolerância estão juntinhas desde os primórdios do tempo…
Nossa predisposição a não aceitar determinadas situações é impressionante. Tudo aquilo que consideramos errado, tendemos a isolar… claro que isso tem muito a ver com nosso primeiro contato com esse mundo. Quando aqui chegamos somos uma lousa em branco, onde a programação de nossa vida será escrita dia a dia. Sim, temos uma programação original, que possibilitará a inserção de novos comandos… e será através da convivência com essas pessoas que farão parte de nossa vida que vamos adquirir o conhecimento do que “é bom ou ruim”, de acordo com a visão destas…
Mesmo que não se note essa divisão entre as crianças, ela já existe desde sua chegada a este lado da existência. Há muitos fatores que poderão romper a cadeia de comando, subvertendo aquilo que foi inserido em sua programação… mas nem sempre isso acontece… a família não é a única a influenciar a formação do novo cidadão. Mas muito daquilo que este leva para a vida é adquirido nessa fase…
Conforme o infante vai tendo contato com outros grupos sociais novas informações são agregadas e vão formando sua persona. Sempre lembrando que, não importa em qual ambiente está inserido, as informações recebidas reforçarão sua programação original…
Confuso? Nem tanto. Por mais que tentemos entender a psique humana, há sempre um quê de mistério em sua formação… por exemplo… duas pessoas tiveram o mesmo tipo de criação desde o nascimento, mas seguem caminhos diferentes na vida adulta. Porque isso acontece? Simples… as informações gravadas em suas BIOS não foram iguais… cada um recebeu instruções diferentes sobre como proceder durante sua jornada…
E aí entram os sentimentos em nossas vidas. Os bons e os não tão bons assim… no segundo time está a intolerância. Ela é uma arma de defesa cujos alvos foram deturpados. Provoca repulsa a tudo que foge dos padrões considerados normais pelo agente. A situação pode até não oferecer uma ameaça real, mas é assim que o sujeito recebe a mensagem do ambiente…
É por isso que a pessoa parte para a agressão quando se sente ultrajada, mesmo não havendo nada que corrobore com sua percepção. Se sente ameaçado e necessita extinguir essa ameaça. É quando a intolerância e o preconceito se abraçam… pois um não existe sem o outro…
Como combater tal câncer? Fazendo auto análise. “Por que me sinto desconfortável? Em que isso me prejudica? Como me sentiria se estivesse do outro lado?” São perguntas simples que podem acender uma Luz, nos ajudando a ver a situação como ela realmente se apresenta, e não como nossos temores nos mostram. Devemos usar a empatia. Colocar-nos no lugar da outra pessoa, não importa a situação, nos ajuda a compreender o que ocorre a nossa volta, possibilitando encontrar uma solução…
Lembre-se… para combater o ódio, o preconceito, a intolerância, devemos usar a Força do Amor… pois ele é a Luz que nos auxilia na caminhada por esse mundo. O Amor deixa o mundo iluminado, agradável de se viver. Os sentimentos negativos, ao contrário, nos fazem caminhar por sendas escuras, onde tateamos as trevas à procura desesperada por uma saída…
Façamos como a Mariposa… procuremos sempre a Luz, que nos ilumina e aquece. Assim é o Amor…
Tania Miranda 29/03/2025

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…