A FIGURA MAIS DESVALORIZADA DA FAMÍLIA
Hoje vou falar da figura mais desprestigiada do grupo familiar… o pai. Para os filhos nada que o pai faça no seio familiar é suficiente. Ele sempre está deixando de fazer alguma coisa… os filhos cobram da figura paterna aquilo que não cobram de sua mãe, por exemplo. Se a mãe precisa de ajuda, todos correm para acudi-la. O pai, ao contrário, mesmo que peça socorro, dificilmente o terá. E não é porque os filhos não gostam dele. É que não conseguem perceber a fragilidade da pessoa que carrega esse título. O pai tem que ser aquele que está pronto para enfrentar tudo em nome da família, sem jamais pestanejar. Mas não é bem assim que a banda toca…
A pessoa só percebe o quão difícil é “ser pai” quando assume esse papel. Muitos não conseguem e fogem da responsabilidade. São chamados de “covardes” e outro atributos nada lisonjeiros. Mas não é covardia que os faz desaparecer… é medo, mesmo. Afinal eles sabem que, ao assumir esse encargo terão todo o peso do grupo sobre suas costas e nenhum reconhecimento. O prêmio que levarão? Reclamações de todo tipo, da esposa e dos filhos. E por mais que façam nunca estarão à altura do esperado pelo grupo…
Aqueles que seguem em frente e assumem o posto descobrem algo que nunca tinham percebido… a casa não lhes pertence. Quando muito, tem um cantinho para descansar, depois de cumprir as tarefas diárias… e mais algumas que a esposa e os filhos lhe passarem…
O homem é criticado por passar a maior parte do seu tempo longe do lar. O problema é que ele não tem um lar. A casa não é, de forma alguma, o abrigo que ele esperava. A família espera seu apoio incondicional. Mas não lhe dá nenhum tipo de apoio… apenas cobranças. E com o aval de toda sociedade. Pois o papel do homem é sempre o mesmo… provedor do lar, mesmo que a esposa trabalhe e tenha sua renda. Afinal, essa renda é dela. As despesas da casa, transporte, saúde, educação… quem deve prover é ele, o pai. E se por uma fatalidade do destino ele não cumprir seu papel, é um fracassado…
Muito mais poderia ser dito sobre essa figura tão incompreendida e mal amada, que deve sempre ter uma visão positiva da vida. Nem sempre consegue. E aí, acaba na bebida… mas não pode ficar depressivo… pois, ao contrário da mãe, que tem todo direito de criticá-lo por não conseguir cumprir seu papel social, ele deve seguir calado, aceitando a etiqueta de “culpado” por seus fracassos. E seus filhos só lhe darão o devido valor no dia que tiverem que assumir seu posto… as filhas, dificilmente o entenderão….
Mas vamos torcer para que isso mude um dia, não é mesmo? Vamos valorizar nosso pai, pois é tão importante quanto a mãe na base familiar…
Sejamos o farol de luz que ilumina o seu caminho, para que possamos receber de volta a Luz e o Amor desse ser tão incompreendido… afinal, se ele não existisse, nós também não estaríamos aqui…
Tania Miranda 07/02/2025

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…
