MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA…
MEDALHA, MEDALHA, MEDALHA…
Já se sentiu alguma vez ultrajado, afrontado, desconsiderado, desprestigiado? Acredito que todo mundo, em algum momento de sua vida já passou por essa sensação ruim, onde parece que, por mais que nos esforcemos, não fomos reconhecidos pelo grupo como deveríamos. E que outros elementos tiveram os holofotes direcionados aos seus feitos, sendo que na nossa opinião pessoal fizeram tanto quanto nós… a diferença é que, por um motivo ou por outro, foram notados… e nós, não…
O problema maior é quando, além de não termos nosso esforço reconhecido pela liderança do mesmo, ainda somos alfinetados, apontados como relapsos, displicentes e omissos. Bem, é como eu disse… todos nós, quando estamos envolvidos em um processo de trabalho damos nosso melhor. Mas nem sempre nosso melhor é reconhecido pelo capitão do navio. É certo que alguns se destacam na execução de suas tarefas e são apontados como exemplo… mas dói quando você dá o seu melhor e não é reconhecido…
Às vezes me lembro de um desenho animado que passava a algum tempo na TV, onde o Dick Vigarista era o chefe e Muttley, seu fiel escudeiro, ficava feliz quando recebia medalhas por seus feitos. Somos mais ou menos assim… ficamos felizes quando somos reconhecidos por nossa capacidade. E não tão felizes quando, travestido de elogio, nos vem uma crítica por nossa performance profissional…
Na verdade, quando tal acontece, podemos dizer que nossa carreira nesse local está está próxima do fim… é quando nos dá vontade de pegar o chapéu e partir para outra. Porque, por mais que o líder diga que o grupo é uma família, não é assim que você sente com o tratamento que recebe. Porque não está sendo reconhecido como imprescindível a equipe. E isso é algo que te desestimula de verdade…
São vários os motivos que te fazem desanimar em qualquer grupo social. E se esse é um grupo de trabalho, os motivos crescem exponencialmente. Todos temos problemas e o timoneiro não pode, por mais que seja seu desejo, comprá-los de nós. Afinal, é aquela história… tem dois pescoços destinado à guilhotina… um deles é o meu, mas me dão o poder de escolher qual dos dois pescoços receberá o beijo da navalha. É evidente que deixarei o outro pescoço rolar, e manterei minha cabeça onde sempre esteve…
Sim, a vida é luta constante. Participar da sociedade… dos vários núcleos que a compõe… não é uma tarefa muito fácil. Como já diziam os antigos, não dá para agradar a gregos e troianos. Temos nossas convicções, aspirações e metas… nem sempre conseguimos conciliar esses três pontos do triângulo. Pois como dizia com toda a maestria a grande poetiza Cecília Meireles, “ou se põe a luva e não se usa o anel, ou se usa o anel e não se põe a luva”… estamos sempre em uma encruzilhada e vivemos a escolher um caminho… e nem sempre escolhemos o melhor…
Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…