O MUNDO DO “MAD MAX” É AQUI…
Quando, a alguns anos atrás, eu assistia filmes que mostravam um futuro catastrófico, onde a terra estava arrasada e os recurso naturais escassos, eu pensava “como é que esses autores podem imaginar uma coisa dessas para o nosso mundo?”… hoje eu vejo que sua visão ainda era bastante otimista. Afinal, estamos chegando no ponto do mundo de “Mad Max” com uma rapidez assustadora…
Nosso mundo era um lugar acolhedor… aconchegante! Isso até a poucas décadas atrás. Claro que haviam locais degradados, mas a vegetação e a vida silvestre ainda dominavam boa parte do planeta. Dominavam. O homem, em seu afã de provar-se o Senhor do Universo, foi aos poucos destruindo o Paraíso no qual fora inserido, mas que realmente não merecia…
Aparentemente o ser humano gosta de viver no Inferno. Somente isso explicaria sua sanha em destruir tudo ao seu redor. Para ele, o planeta está a sua disposição para ser usado da maneira que melhor lhe apraz… e isso significa apenas uma coisa… dizimar a vida que ainda resiste a sua volta…
O local onde moro ainda conserva pequenas lembranças de um passado recente. Mas aos poucos tudo vai sendo destruído, em nome de um pretenso progresso. Florestas que a pouco mais de alguns anos dominavam a paisagem, agora só existem na memória de pessoas mais velhas que ainda tiveram o privilégio de morar em um paraíso onde tanto a flora quanto a fauna eram abundantes…
Sim, em minha meninice tive o prazer de, junto com meus amiguinhos de folguedos, brincar nas árvores que cresciam majestosamente na região, colher frutos nativos da terra e comê-los no local em que os colhia, acordar com o canto dos pássaros e brincar ao som das cigarras…
As abelhas visitavam as flores, colhendo o néctar para elas tão precioso, dividindo-o com os beija-flores que estavam sempre a pairar em nossos jardins. As casas não tinham muros, pois tal não era necessário. À noite você ouvia os curiangos, as corujas e os passarinho-saci, que cantavam lá nas profundezas da mata. Quando a chuva caia… e era abundante, naquela época… o cheiro da relva molhada era simplesmente o mais delicioso perfume que poderíamos respirar…
E hoje, o que nos resta? Apenas lixo espalhado por todo lugar. As pessoas acreditam que é seu sagrado direito fazer do meio ambiente aquilo que melhor lhes apraz… se uma mina d’água está atrapalhando sua caminhada em direção ao futuro, vamos exterminá-la… as folhas e flores das árvores estão sujando sua calçada… vamos derrubá-la…
Triste será o destino de nossas crianças… estamos acabando com seu futuro, destruindo o mundo que um dia iremos lhes entregar… e o pior é que elas não saberão com o consertar o estrago que fizemos… porque não lhes mostramos como fazer isso… porque não pensamos no sofrimento que estamos a causar não só em nossos descendentes como ao próprio planeta, que a muito está doente por nossa culpa…
Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…