PAZ, ESSA PALAVRINHA TÃO MAL COMPREENDIDA…
Acredito que a palavra mais pronunciada pelas pessoas em todo o mundo seja “paz”. Dez entre dez pessoas desejam “paz” aos seus semelhantes. É comum, quando duas pessoas que estavam a conversar, ao se despedirem, pronunciarem a frase “vá em paz”… se for religioso, invariavelmente diz “Que a paz do Senhor te acompanhe”…
Mas… será que esse sentimento é real no íntimo de cada pessoa? Ou não passam de palavras vazias jogadas ao vento, por pura ignorância daquele que as diz, sem saber o real significado delas? Considerando como o mundo caminha, acredito que essa afirmação é a que mais se aproxima da realidade de cada um…
Cada ser humano é um Universo à parte. Aquilo que uma pessoa vê como certo e líquido, outra pode não ver assim… e aí começam as divergências… afinal, se você não consegue ver os fatos que estou te mostrando, se você não consegue entender tudo aquilo que ocorre ao nosso redor… bem…
Acredito que deu para se ter uma ideia do que estou tentando dizer, ao escrever o parágrafo acima… cada um de nós tem a sua visão do que seria a verdade, e qualquer coisa que esteja muito diferente dos parâmetros por nós usados consideramos errado. Porque fomos condicionados desde a mais tenra infância a vermos o certo e errado como padrões imutáveis. O problema é que nossa visão dos fatos é totalmente distorcida daquilo que ocorre na realidade. Três pessoas que estejam observando um mesmo evento terão visões diferentes daquilo que presenciam. Suas conclusões podem até coincidir em alguns pontos, mas a visão geral de cada um será diferente…
E isso se aplica a todos os eventos em nossa vida. Inclusive no que se refere à paz. A primeira discrepância quanto a como a percebemos ocorre nos acontecimentos que nos levam até ela… ou nos fazem perdê-la. “Mas como assim, perder a paz?”…. sim, por mais estranho que pareça, qualquer evento que não se enquadre em nossa percepção de bem estar, felicidade… pode acabar com nossa paz. Tanto a individual quanto a de um grupo qualquer. E para recuperá-la, lançamos mão dos mais diversos artifícios. A guerra entre povos é uma dessas saídas para conquistar a paz perdida… meio estranho, não? Vamos lançar mão do terror para conquistarmos a paz perdida…
É uma situação no mínimo estranha… afinal, vamos infligir dor e sofrimento a um grupo semelhante a nós para conseguirmos alcançar nossa paz… é como se esta não pudesse existir se não impuséssemos nossa visão do mundo para os outros… e esses teriam que aceitar nossas regras, nem que fosse à força…
Muito há para se dizer sobre esse assunto… e voltarei a falar sobre isso. Mas por ora tudo que posso desejar é que a paz reine em seu coração e que nenhum percalço da vida te faça perdê-la… que o Altíssimo sempre guie seu caminho e te conduza não pelas trilhas da dor e da violência, mas sim pelos campos floridos do Amor, que só pode ser proporcionado pela Paz Espiritual…
Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…