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O incrível mundo da aviação.

 

Falar de avião é muito mais que simplesmente falar em viagem. O amor pela aviação traz diversas pessoas que tem como hobby fotografar ou até mesmo decidir se tornar pilotos dessas incríveis aeronaves.
O processo para poder trabalhar com a aviação é longo e satisfatório. O requisito principal para poder pilotar essas máquinas é a atenção. Um erro pode ser fatal, por isso existem diversas exigências antes de se levantar o primeiro voo.
Robinson Ferreira de Azevedo é um ótimo exemplo disso, metroviário que já atuou em importantes linhas de metrô da capital paulista, ele resolveu que queria mais que andar nos trilhos, mas sim que o seu limite era o céu.
“Eu sou uma pessoa movida a sonhos. A minha vida consiste em eu ter um sonho e obter recursos pra colocar em prática a realização deste. Não é a primeira vez que faço isto, e admito que este tá sendo o mais difícil. Mas desistir não é uma opção”, conta Robinson.
O treinamento para ser piloto é extenso. Em primeiro lugar o interessado precisa se cadastrar na ANAC para obter o código de identificação, que irá acompanhar o piloto por toda a sua carreira de aeronauta. É de graça para obter este código. Todos as próximas etapas, habilitações, horas de voo serão lançadas neste código. Assim como na CNH, as habilitações são divididas em categorias. São elas: Piloto Privado (PP), Piloto Comercial (PC) e Piloto de Linha Aérea (PLA). O Piloto Privado é aquele piloto que só pilota por hobby, que não tem a intenção de voar profissionalmente, tanto que é terminantemente proibido exercer atividade remunerada como piloto nesta habilitação. O Piloto Comercial sim, já pode trabalhar como piloto, e o treinamento para obtenção desta licença é mais extenso. Já para Piloto de Linha Aérea o processo é mais simples, pois não há treinamento prático, uma vez que as horas requisitadas são contabilizadas através da sua própria experiência de voo. Vamos ver os requisitos individuais de cada licença:

Piloto Privado:
– Certificado Médico Aeronáutico de Segunda Classe (válido por 5 anos), obtido em clínica credenciada pela ANAC.
– Curso Teórico de Piloto Privado
– Prova teórica de Piloto Privado
– Curso Prático de Piloto Privado, com duração mínima de 35 horas, a critério da escola
– Exame Prático de Piloto Privado (voo de cheque)

Piloto Comercial
– Licença de Piloto Privado
– Certificado Médico Aeronáutico de Primeira Classe (válido por um ano).
– Curso Teórico de Piloto Comercial
– Prova teórica de Piloto Comercial
– Curso Prático de Piloto Comercial, com duração mínima de 150 horas, dentro das quais devem constar:
> Quantas horas já realizadas no curso de Piloto Privado. Isto significa que as horas voadas no PP já são contabilizadas dentro das horas do PC.
> Horas de instrução em voo visual
> 40 horas de instrução em voo por instrumentos-IFR (opcional, mas ninguém descarta)
> 12 horas de instrução em aeronaves multimotor, ou seja, com mais de um motor (opcional)
– Exame Prático de Piloto Comercial (voo de cheque)

Piloto de Linha Aérea:
– Certificado Médico Aeronáutico de Primeira Classe
– Curso Teórico de Piloto de Linha Aérea
– Prova teórica de Piloto de Linha Aérea
– 1.500 horas de voo em registro, observando alguns requisitos a serem cumpridos como horas de voo em comando com ou sem supervisão, horas de voo em navegação visual e por instrumentos, horas de voo noturno, em quantidades definidas em um Regulamento da ANAC chamado RBAC 61.
– Exame Prático de Piloto de Linha Aérea (voo de cheque), obrigatoriamente realizado em aeronave multimotor.
Sabendo-se isso, vamos aos modelos existentes:

O mercado da aviação comercial hoje disponibiliza dezenas de modelos, já contando com as diversas variantes existentes. No Brasil, para voos domésticos (origem e destino no mesmo país) temos o Boeing 737 e Airbus A320. Podemos considerar também o Embraer 195, que embora bastante presente no nosso mercado, ainda não esteja em uma quantidade tão expressiva quanto os dois anteriores.
Além disso, Robinson fala sobre os requisitos para escolha de um avião para viagem nacional e internacional:
“O que define isso é a autonomia da aeronave e a extensão do voo. Muito se fala que o Brasil é um país com dimensões continentais, então um avião que faz um voo do Norte pro Sudeste por exemplo, também é capaz de sair daqui de São Paulo e ir direto pra Bolívia, Argentina, Chile, Panamá… Pra voos mais longos como os transoceânicos, a aeronave precisa ter motores mais potentes e carregar mais combustível pra poder voar por mais tempo. Por consequência esses aviões também são bem maiores pra levar mais passageiros e cargas. É muito comum essa diferença de porte ser catalogada pela quantidade de corredores de circulação de pessoas dentro da aeronave. Temos as aeronaves de corredor único, em inglês narrow-body, e as aeronaves com dois corredores, as wide-body. As aeronaves que citei na pergunta anterior são todas narrow-body, ou seja, um único corredor de circulação dentro das mesmas. No Brasil as aeronaves wide-body operadas são o Airbus A330 e os Boeing 777 e 787. Outras companhias de fora também trazem outros modelos como os Boeing 747 e 767, e os Airbus A340, A350 e A380, este último o maior de transporte de passageiros do mundo com capacidade para 519”.

Suellen Secio

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