Com apenas uma empresa interessada, Sabesp terá Equatorial Energia como sócio.
Anunciado no dia 28/6 pelo Governo de São Paulo, a privatização da Sabesp teve apenas a Equatorial Energia como interessada em fazer parte da sociedade.
O valor ofertado foi segundo o site Brasil de Fato, 44% menor que o valor de mercado.
Após sanção do Governador Tarcísio de Freitas, a Sabesp tentou renegociar seus acordos com todos os 375 municípios atendidos, no sentido de que a privatização possa ocorrer. Isso porque inúmeros contratos têm durações distintas, sendo o de Osasco, por exemplo, o próximo a vencer em 2029.
Assim, no dia 20 de maio, 304 municípios paulistas já aprovaram um contrato único com a Sabesp, iniciando a criação de um conselho deliberativo que visa discutir as propostas de avanço na área de saneamento básico no Estado.
Mas como isso afeta de fato a vida do consumidor?
A ideia do Governo de São Paulo é melhorar o serviço oferecido para a população, por meio de novos investimentos, mas só é possível saber se isso irá ocorrer realmente na prática. Outro grande desafio é em questão do valor da conta, muitos moradores do Estado já consideraram o valor alto e o medo da privatização aumentar ainda mais para o cliente ronda principalmente as famílias mais pobres.
Vale lembrar que, quem é contemplado pelo sistema de abastecimento da Companhia de Saneamento Básico do Estado – Sabesp, sabe que, se consumir até 10 m³ de água, pagará a taxa no valor de R$ 78. Isso significa que se consumir apenas 3 m³ de água, pagará o mesmo valor. Se não consumir nada, paga do mesmo jeito.
Além disso, outra grande questão da privatização da Sabesp é sobre o desperdício de água e as interrupções de água que muitas vezes não são nem avisadas. Quem nunca foi abrir a torneira ao longo do dia e não tinha água? Foi perguntar para o vizinho e também não tinha. O problema não é a manutenção, mas sim não avisar com antecedência sobre o serviço.
Quem é a Equatorial Energia?
A Equatorial Energia ofereceu R$6,9 bilhões por 15% da Sabesp (dados obtidos pelo site UOL). A empresa começou a trabalhar neste ramo em 2021, quando obteve 100% da concessão de 35 anos do serviço no Estado do Amapá, mas é importante ressaltar que, a Equatorial Energia atende no Amapá cerca de 734 mil habitantes, o equivalente a 2% da população do Estado de São Paulo.
Segundo a assessoria do Governo: “O Governo não quer vender todas as ações e não quer ‘abandonar’ a Companhia, pelo contrário, a intenção é manter entre 15 e 30% a sua participação na Sabesp, mantendo o direito de veto e passando uma parte destas outras ações à iniciativa privada”.