Urbanismo Social em prática na Colômbia é uma lição sobre a urbanização e combate à violência
Compartilho com vocês o roteiro de viagem a Medellín e a Bogotá, na Colômbia, que recentemente proporcionou um grande aprendizado sobre urbanismo social e políticas públicas que melhoraram a vida das pessoas nas cidades.
A convite da vereadora da cidade de São Paulo, Janaína Lima (representante do legislativo municipal em desenvolvimento e planejamento da cidade) integrei a delegação brasileira que viajou à Colômbia para estudar urbanismo social.
Representar a nossa região sul e conectar-se com experiências e vivências de grandes cidades da América Latina, como Medellín e a capital Bogotá, proporcionou conhecimento elevado ao lado de mais participantes de grupo de diversos países interessados como “nós” em aprender com as experiências bem-sucedidas de cidades similares à nossa metrópole paulistana.
E, por que a Colômbia? Para isso, citamos a trajetória, as referências e as menções aos positivos resultados de bairros e regiões considerados antes como territórios mais violentos do mundo e que passam por um conjunto de inovação.
De um centro urbano inteiro manipulado pelo crime e o narcotráfico para uma cidade modelo de urbanismo. Essa é a realidade da cidade de Medellín, na Colômbia, que foi reconhecida como um exemplo de sucesso na aplicação do urbanismo social para combater a violência urbana e melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. O trabalho, que começou em 1990, vem sendo feito com intensidade até o início dos anos 2000.
O nosso olhar, durante a viagem à Colômbia (de 14 a 19 de julho de 2023) foi orientado a visitar bairros conceitos e vivenciando cada momento com intenções de escutar os autores e os transformadores cidadãos sociais que contaram sobre os seus projetos e resultados na urbanidade.
Onde registramos, durante a viagem, como boas experiências e vamos intencionar para os projetos no dia-a-dia da nossa cidade de São Paulo. A começar pelos nossos distritos de: Santo Amaro, Campo Belo e Campo Grande.
Começaremos com a compreensão do que é a ressignificação de espaços em uma cidade. Importante ressaltar que só a prática que realmente muda o sentido de demonstrar o que aquele local tem para quem o ressignificou. Isso eu posso afirmar que realmente é presencial. A ressignificação estava passível de ser vista nos gestos, na satisfação e na expressão dos moradores, de crianças a adultos.
Que o espaço urbano ocupado pelo cidadão, e quando ele se reconhece neste local, reforça a ideia de apropriação e pertencimento àquele lugar.
Nesse nosso roteiro de viagem vamos chegar à narração de urbanidade e direitos universais que são os impulsores da afirmação de cidadania para a dignidade da pessoa humana.
Nos dias que ficamos em Medellín, temos que citar a intervenção plural social na região de comunidade historicamente conhecida como Comuna 13, sendo a segunda maior cidade da Colômbia. Região que registrava altos índices de violência e falta de infraestrutura adequada. No entanto, por meios do urbanismo social, a região passou por uma transformação impressionante. Das ruas estreitas na Comuna 13, foram substituídas por escadas rolantes e elevadores, tornando o acesso mais fácil e seguro para os moradores; espaços públicos foram revitalizados, criando áreas de convivência, parques e bibliotecas.
É disso que estamos falando “inspiração”! De como o urbanismo social pode mudar um bairro, uma região e envolver toda a cidade. Posso afirmar para vocês, são essas experiências e exercícios de urbanidade em grandes cidades que ficam mais atenuados quando realmente passamos a olhar no entorno.
Como representante da Subprefeitura de Santo Amaro, refletindo todas as intenções de desenvolvimento da cidade que o nosso Prefeito Ricardo Nunes nos orientou e, juntamente com a coordenadora da delegação, a vereadora Janaína Lima — todos estão incentivados! A produzir a política de urbanismo social, com governança e muita positividade para a implementação com o poder público e a iniciativa privada. Com o nosso olhar de zeladoria para a adaptação às nossas realidades locais, que já temos a nossa querida e potente zona sul.
Nossa viagem já está impulsionando mais ações.
Aguardem. Santo Amaro não para!
Bacharel em Direito, pós-graduada em direito público, Master in Business Administration (MBA) em Liderança, Inovação e Gestão 4.0.
Coordenadora Legislativa e Coach de Imagem e Perfil, e certificada como entrevistadora social.
Atuou em coordenação, estratégia, e gestão administrativa e política na área pública e privada, com larga experiência em gestão pública na elaboração de políticas públicas e projetos sociais e no desenvolvimento do terceiro setor.
Conhecimento técnico em processos internos da área pública e privada, incluindo a relação com atores da sociedade civil e grupos de interesse.
Bem como em gestão pública voltada para projetos críticos na área de empreendedorismo, educação, e em campanhas de combate à fome. Possui visão aguçada para as questões sociais e para a melhoria da qualidade de vida da população. Atuou na articulação legislativa entre organizações da sociedade civil e o poder público.