Desfile de 91 anos da Revolução Constitucionalista reúne grande público no Ibirapuera
Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e outras autoridades acompanharam cerimônia em homenagem a combatentes paulistas de 1932
O desfile cívico-militar em celebração aos 91 anos da Revolução Constitucionalista de 1932 reuniu grande público na manhã deste domingo (9) no Parque do Ibirapuera, na capital. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) acompanharam a solenidade que marca a luta dos paulistas pela redemocratização do país após o golpe de Estado de Getúlio Vargas, em 1930.
“A revolução de 1932 representa muito para o Estado e para a nossa história. Os heróis do passado lutaram pela ordem constitucional, pelo estado democrático de direito e, por consequência dessa luta, tivemos uma nova constituição e o resgate da nossa autonomia. Devemos nos orgulhar desse movimento, que deve inspirar as futuras gerações”, afirmou Tarcísio de Freitas.
A tribuna de honra do desfile também recebeu os secretários estaduais Gilberto Kassab, (Secretário de Governo e Relações Institucionais), Guilherme Derrite (Secretário de Segurança Pública), Marcos da Costa (Secretário de Pessoa com Deficiência) e Fábio Prieto (Secretário de Justiça), o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), André do Prado (PL), o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ricardo Mair Anafe, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), deputados federais, estaduais e vereadores paulistanos.
Além da Polícia Militar, o desfile reuniu integrantes da Marinha, do Exército e da Força Aérea, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana e representantes de entidades como a Associação de Ex-Combatentes da Força Expedicionária Brasileira (FEB), Associação Brasileira das Forças de Paz da ONU, escoteiros (UEB) e instituições civis.
A cerimônia é organizada anualmente pela Polícia Militar e realizada no feriado estadual de Nove de Julho, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32. O local abriga os restos mortais dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, assassinados em 23 de maio de 1932 por tropas federais durante uma manifestação a favor de uma Assembleia Nacional Constituinte e o restabelecimento da democracia.
A morte dos quatro jovens deu início à mobilização paulista que culminou com o levante iniciado em 9 de julho de 1932, quando combatentes constitucionalistas iniciaram a defesa de São Paulo contra o avanço das tropas federais. O maior conflito do século 20 no Brasil reuniu civis e militares paulistas em combates armados contra as forças getulistas, com apoio maciço da população de São Paulo.
No dia 2 de outubro de 1932, o confronto na capital e no interior terminou com a rendição das tropas paulistas, mas se tornou símbolo da resistência de São Paulo em defesa da Constituição e da democracia. A Revolução Constitucionalista levou Getúlio Vargas a convocar uma Assembleia Constituinte e reabrir o Congresso com eleições gerais em 1934.