Brasileira é aprovada em 10 universidades no exterior após 2 anos de tentativas: “Um sonho”
Estudar no exterior sempre foi um sonho na vida de Nicolly Pecim Alves, de 19 anos. A jovem de Diadema, na Grande São Paulo, está prestes a realizá-lo após dois anos de tentativas, pois conseguiu ser aprovada em 10 universidades fora do País, sendo oito delas nos Estados Unidos, uma na Itália e uma na Coreia do Sul.
“Eu sempre tive esse sonho, na realidade, desde criança”, conta em entrevista ao Terra, mencionando quando sua tia e madrinha foi fazer intercâmbio na Califórnia (EUA). “A partir disso, fui começando a ter interesse”, afirma Nicolly, que vai estudar física e astronomia no mesmo Estado onde a madrinha estudou, e pretende trabalhar com mecânica quântica atrelada a filmes.
Início do sonho
A vontade de estudar fora se aflorou ainda mais quando Nicolly assistiu ao terceiro filme da trilogia de High School Musical, no qual os personagens da ficção vão para a faculdade. Diante dessa vontade, ela passou a pesquisar sobre as universidades e qual é o caminho para ingressar nelas.
No final de 2021, ela começou as aplicações, e, neste ano, foi aprovada. “Foi um processo de descoberta muito grande, porque eu tenho ansiedade grave, sou diagnosticada com Transtorno de Ansiedade desde adolescente, então precisei lidar com isso também. É um processo mais pessoal, mais mental”, explica.
O que a ajudou nesse período foi ‘trocar figurinha’ com outros candidatos, que já conheciam a dinâmica das aplicações e foram preparando-a para o que estava por vir, além de participar de mentorias.
De aproximadamente 30 instituições, Nicoly foi aprovada em dez, escolhendo a Whittier College, localizada na Califórnia, onde vai estudar física e astronomia. Agora, ela busca ajuda para conseguir seguir seu grande sonho, e por isso, criou uma vaquinha para levantar a quantia de US$ 30 mil, aproximadamente R$ 150 mil.
Cartas de recomendação e aprovação
Para quem não sabe como funciona o processo para entrar nas faculdades internacionais, em algumas é necessário cartas de recomendação e também uma personal statement, uma espécie de redação, na qual o candidato se apresenta e revela seu propósito.
A jovem fez uma referência a morte de seu avô, vítima de câncer, com o multiverso, aquele conceito de que há outras realidades paralelas à nossa, muito abordado nos filmes do universo Marvel. “Junto com a teoria do multiverso, eu penso na possibilidade dele estar vivo”, explica.
Por falar em Marvel, ela conseguiu uma carta de recomendação de Craig Elliot, o Product Designer da empresa, que conheceu pelo Linkedin. Ele diz que “Nicolly tem grande inteligência, como evidenciado por seu esforço constante para aprender os mais complexos assuntos e sede de usar esse conhecimento. Seu portfólio é apenas a ponta do iceberg da sua criatividade e perspicácia”.
Elliot não foi o único que recomendou a jovem. Ed Lantz, presidente e CTO da Vortex Immersion Media, que trabalhou também como engenheiro na NASA e no Astronaut Memorial Planetarium and Observatory em Cocoa, na Flórida, também reconheceu o seu talento. “Um fator que me chamou muito a atenção nela foi o desejo de unir física quântica com tecnologia e o cinema”, escreveu.
Apesar de toda a ansiedade do processo, Nicolly não deixou de acreditar, e é essa a dica que ela deixa para quem está tentando ingressar em universidades internacionais. “O maior conselho que eu posso dar as pessoas é: tenham paciência e confiem no processo. Não se sabe se vai dar certo ou errado. Cuide da sua saúde mental, descanse e viva bem. Tenha uma vida além da aplicação”, finaliza.
Fonte: Portal Terra