EMPATIA
Muito se fala em empatia. Mas o que é, realmente, empatia? Bem, segundo as definições existentes, empatia é conseguir colocar-se no lugar do outro e sentir suas emoções, como se nossas fossem… não é uma tarefa fácil…
As pessoas sentem dores. E compreender essas dores não é um processo simples. Porque envolve muitos fatores. E o principal é, sem dúvida, a própria dor que o indivíduo sente. Tentar compreender o que se passa com seu semelhante é, antes de tudo, abrir mão de suas emoções, para absorver as dele. Mas, muitas vezes, sua própria dor é tão forte, que mascara aquilo que o outro está sentindo…
Na maioria das vezes, para evitar sermos feridas pelas mazelas da vida, erguemos sólidas barricadas à nossa volta.Tentamos , de todas as maneiras, evitar a dor… só por aí já dá para sentir que não é tão fácil assim abrir mão de nossa individualidade para que possamos compreender nossos irmão…
Não é por outro motivo que quando passamos por uma pessoa em situação de fragilidade nada sentimos em relação a esta. Porque fomos anestesiadas e não conseguimos compartilhar as emoções que outrora sentiríamos. Porque essa é uma qualidade inerente a todos por ocasião de seu nascimento, mas que vai-se perdendo ao longo dos tempos, conforme nosso coração vai endurecendo…
É por esse motivo, inclusive, que não nos escandalizamos ao vermos uma carnificina brutal, ocorrida por soldados armados que receberam ordens de alguém para que executassem tal ação…
Sim, o principal fator que desencadeia uma guerra é, sem dúvida, a falta de empatia entre as pessoas. Porque se tal houvesse, ninguém
levantaria a mão para agredir quem quer que fosse…
Você pode alegar que a ordem para o ataque veio de cima, e o militar é treinado para acatá-las sem pestanejar… mas tal só é possível porque, durante seu treinamento, tira-se do futuro soldado a capacidade de ser tomado pelas emoções…
Alguns que detém esse sentimento costumam fugir de pessoas problemáticas. Porque, ao absorver a carga negativa destas, sentem-se fracos física e espiritualmente. E ninguém deseja sentir-se vulnerável, mesmo que seja para ajudar alguém…
Como eu disse, não é fácil praticar a empatia. Porque nosso modo de segurança está sempre alerta, e, ao menor sinal de perigo à nossa integridade, qualquer sentimento que possa nos levar a um caminho que não pode ser trilhado, será desligado instantaneamente. Porque nossa segurança está sempre em primeiro lugar… estranho pensar assim, não é mesmo? Mas é assim que a vida segue…
Tentemos sempre nos colocar no lugar daqueles que sofrem, por mais difícil que nos pareça. Pois, ao sentir a dor de nossos semelhantes, estaremos aptos não só a estender-lhes a mão para que se levantem, como também para crescermos espiritualmente…
Tania Miranda 24/05/2025
Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…