A PAZ COMEÇA EM NOSSA ALMA
O mundo clama por paz… mas, ao mesmo tempo, cultua a guerra, a violência. Isso é incoerente, mas é assim que a humanidade age em seu dia a dia. A violência está presente em todos os momentos, desde pequenos atos que parecem inofensivos, até situações em que não se pode ignorar os danos sofridos…
A violência do dia a dia começa em nosso lar. Um olhar enviesado para a pessoa que se “esqueceu” de lavar a louça que acabou de usar, por exemplo… claro que aí é um duplo caso de violência… tanto daquela que finge que a louça se lava sozinha quanto da que faz questão de demonstrar seu desagrado pelo ato da outra…
Mas o que tem a ver um ato doméstico com a Paz Mundial? Tudo. Afinal, se não somos capazes de manter a paz em nosso lar, como podemos ter a pretensão de consegui-la em uma escala maior? Fica um tanto difícil, não é mesmo?…
Falar de paz é fácil. Difícil é vivê-la em seu dia a dia. Porque somos movidos por um sentimento negativo chamado “Ambição”. Ele é a força que nos direciona ao “progresso”, como se diz…
Graças à Ambição começamos o ataque contra nossos semelhantes no intuito de amealhar fortuna que, na maioria das vezes, não precisamos. E deixamos nosso irmão á míngua, porque aquilo que pegamos era a porção que lhe cabia, para viver com dignidade…
“Ah, mas se eu consegui e ele não, é porque não fez jus ao prêmio que conquistei. Afinal, eu batalhei, tive que lutar muito para chegar onde estou hoje. Estou apenas recebendo os frutos de meu trabalho…”
Se um determinado animal começa a guardar mais alimento do que necessita para sobreviver, com certeza iremos olhar esse espécime com estranheza. Mas é isso que fazemos… um elemento coleta e guarda recursos que seriam úteis para seus semelhantes, mas não reparte isso com ninguém… guarda a sete chaves, não deixando que se aproximem de seu tesouro…
A ambição faz com que alguns elementos tentem tomar, a força, os bens de outros. Na maioria das vezes, tem sucesso em seu intento…
Infelizmente, todos nós temos nossos rompantes violentos. Costumamos prestar atenção às noticias de guerras e outros tipos de violência, e nem nos damos conta de que, ao negarmos ajuda a um necessitado, estamos cometendo um ato de violência. E quando criticamos alguém, com ou sem motivo, isso também é um ato de violência…
Conseguiremos mudar nossa mentalidade algum dia? Talvez… mas enquanto apontarmos o dedo para nosso semelhante, nos esquecendo de que também agimos como ele, a paz estará muito longe de nosso mundo… será que conseguiríamos viver em um mundo sem conflito? Não sei… mas a ideia é reconfortante…
Tania Miranda 13/05/2025

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…
