Polícia conclui que morte da professora Fernanda Bonin foi crime encomendado por ciúmes

A Polícia Civil de São Paulo concluiu que a morte da professora Fernanda Bonin, de 42 anos, foi resultado de um crime encomendado, supostamente planejado por sua ex-companheira, motivada por ciúmes. O caso, que chocou a população, levanta mais uma vez o alerta sobre a gravidade da violência por motivos passionais.

Fernanda foi encontrada morta no dia 28 de abril em um terreno baldio nas proximidades do Autódromo de Interlagos, na Zona Sul de São Paulo. Um dia antes, ela havia desaparecido, e semanas depois seu carro foi localizado abandonado na mesma região.

As investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontam que a ex-esposa, a veterinária Fernanda Fazio, é a principal suspeita de ter encomendado o assassinato. A polícia pediu à Justiça a prisão da ex-companheira e de outras duas pessoas identificadas como os possíveis executores do crime.

Uma câmera de segurança registrou o momento em que um casal abandona o carro da vítima no dia de seu desaparecimento. Uma segunda câmera mostra o casal caminhando por uma viela até desaparecer do campo de visão.

Na quarta-feira (7), um dos suspeitos, o homem que teria abandonado o carro, foi preso após ter a prisão temporária decretada. Em depoimento, ele confirmou ter deixado o veículo no local, mas negou envolvimento direto no assassinato.

Durante a investigação, a polícia apreendeu uma faca e um celular dentro do carro da vítima. A faca será periciada, pois pode ter sido utilizada no crime. O celular, sem chip e com jogos instalados, pode pertencer ao filho da professora.

Um caso que precisa de atenção

Este não é apenas mais um crime para as estatísticas. Trata-se de uma tragédia familiar, impulsionada por sentimentos possessivos e ciúmes, um retrato de como a violência doméstica e o feminicídio continuam presentes em nossa sociedade.