VAMOS CONTAR ATÉ MIL
Às vezes não entendemos o que se passa em nossa alma. Porque a ira toma conta de nosso coração? Porque, sem mais nem menos, nos sentimos ultrajados, diminuídos pelo grupo ao qual pertencemos? Sim, isso é mais comum do que gostaríamos… faz parte de nossa caminhada por esse plano, e por mais que peçamos ao Altíssimo que afaste de nós esse cálice, temos que sorver até a última gota do mesmo. Porque é através deste que seremos preparados para a jornada que se inicia em nossa vida…
Os caminhos que percorremos são tortuosos, mas necessários. Somente vencendo nossos fantasmas conseguimos alcançar novos horizontes…
Cada um de nós está situado em um tempo-espaço diferente. Pertencemos a Universos diferentes, e por esse motivo temos uma perspectiva única, que não é compreendida pelos que gravitam ao nosso redor… as visões sobre o mundo são diferentes para cada pessoa. E por não compreender tal fato, nos sentimos ultrajadas quando nosso semelhante age de acordo com suas convicções…
As pessoas não são maldosas. Elas foram condicionadas, desde pequenas, a ver o mundo por um prisma único… os pré conceitos a elas impingidos, mais sua própria índole, faz com que ajam de determinada forma. E isso não é bom nem ruim. É simplesmente a individualidade daquela pessoa…
Usamos sempre nosso conceito de “certo e errado”. E se de acordo com esse conceito alguém agiu erroneamente, nos sentimos machucados por este. Mas cada pessoa tem seus parâmetros, e embora certo e errado sejam conceitos universais, cada um segue aquilo que considera correto, não se importando tanto com as definições formais…
Quando tudo fugir de nosso controle e a fúria nos dominar, devemos manter a cabeça fria. Respirar fundo, contar até dez, cem, mil… contar o quanto for necessário, para não deixar nossa Caixa de Pandora abrir… porque, se tal acontecer, não dá para prever o que acontecerá…
Temos que nos lembrar que não somos responsáveis pelas ações dos outros, apenas pelas nossas. E não podemos deixar bobagens que não compensam uma querela nos atingir… então, sejamos a Polliana e, por mais que o mundo esteja desabando, vamos olhar sempre o lado bom de cada evento… pois mesmo o Inferno tem alguma beleza para ser admirada…
Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…