Geração Z: A Realidade de Viver com os Pais Até os 30
Aquela ideia de que a tão sonhada liberdade aos 18 anos é a chave da vida? É, parece que os tempos mudaram, né, galera? A Geração Z está quebrando essa expectativa de se jogar no mundo sozinho logo cedo.
Atualmente, vemos uma geração mais aberta a novas possibilidades, que não tem medo de trocar de emprego em prol da saúde mental e de curso caso não goste, mas também uma geração que está mais próxima dos pais e menos adepta a casamento cedo.
Estamos em um momento onde não é mais incomum encontrar jovens da Geração Z – aqueles nascidos entre meados dos anos 90 e 2010 – ainda vivendo na casa dos pais, mesmo se aproximando dos 30 anos. Mas o que motiva essa tendência?
Primeiro, o contexto econômico tem um papel fundamental. Gabriel Pincelli falou ao Alvarenga TV: “Hoje em dia, com questão à parte financeira, temos que pensar muito antes de gastar dinheiro, ver bem os valores, pesquisar, pois não é nada fácil fazer umas comprinhas ali com 50 reais. Hoje, no mínimo 1500 pra uma compra de supermercado e, com certeza, morar com os pais, igual julgam por aí, é simples morar, ok, mas estando trabalhando e ajudando temos que pensar no futuro, estudar, mas muitas vezes o financeiro não ajuda em questões a isso.” Ele também comentou sobre a convivência familiar: “A convivência afeta muito a vida social porque 80% ficam no celular, a tecnologia deu uma afastada. Poucas pessoas têm família com apoio dos pais hoje, é algo difícil pra ambos. Ter um pai presente é difícil na vida dos jovens, isso vem lá do passado.”
Além disso, há também uma mudança cultural. A Geração Z valoriza a qualidade de vida e a saúde mental. A pressa em sair de casa pode gerar estresse e comprometer o bem-estar. Muitos preferem aproveitar o suporte familiar por mais tempo, o que pode proporcionar um ambiente mais estável emocionalmente.
E claro, a pandemia de COVID-19 teve um impacto imenso. Ela forçou muitos jovens a voltar para a casa dos pais por questões financeiras ou de segurança, e esse retorno se prolongou para além do esperado.
A tecnologia também desempenha seu papel. A possibilidade de trabalhar remotamente oferece mais flexibilidade, diminuindo a necessidade de morar perto do local de trabalho. Isso permite que muitos optem por continuar na casa dos pais, onde têm acesso a um ambiente mais confortável e familiar.
Mas não se trata apenas de conveniência. Permanecer na casa dos pais pode ser uma escolha estratégica. Com o apoio financeiro e emocional da família, muitos jovens conseguem empreender, investir em startups, ou focar em projetos que realmente gostam, sem a pressão imediata de sustentar um lar independente.
Em suma, viver com os pais até os 30 anos não é necessariamente um sinal de imaturidade ou falta de ambição, mas muitas vezes uma decisão prática e bem pensada, considerando as circunstâncias atuais. E você, o que pensa sobre isso?