E a gente fica assim parada, pensando… muitas coisas que acontecem ao nosso redor fogem de nossa compreensão. Na maioria das vezes somos apenas coadjuvantes nos eventos que estão ocorrendo e desesperadamente tentamos entender a avalanche de acontecimentos que são despejados sobre nós…

Parece exagero? Nem tanto. Nos deparamos com situações cuja solução parece estar a anos luz de distancia. Não é por outro motivo que agimos por impulso, vivemos no automático. Porque se tentarmos entender o mundo, tudo muda de figura…

As regras da sociedade são importantes. Mais importantes que os indivíduos. E todos nós as seguimos, mesmo não percebendo de imediato. Isso é bom ou mau? Depende das circunstâncias. Em alguns momentos seguir regras é crucial, uma vez que para se viver em grupo é necessário cumprir algumas normas. Em outros, são totalmente dispensáveis… mas não nos atentamos a isso…

Estranho pensar assim… afinal…exatamente o que seria dispensável em nossas vidas?  Tudo o que fazemos tem o seu por quê… mesmo que não saibamos qual é. À primeira vista, nenhuma de nossas ações é descartável, pelo menos para nós. Mas se alguém longe da situação que nos envolve analisar, encontrará mil falhas… porque está observando de fora, de maneira isenta…

Nosso maior problema é não conseguir nos entender, antes de qualquer coisa. Afinal, autoconhecimento é… ou seria… necessário para vivermos com certa tranquilidade. Mas a verdade é que não nos conhecemos. Temos tantas travas nos limitando, somos tão cerceados por conceitos e preconceitos que nos foram impingidos desde o berço, que não sabemos exatamente quem somos, onde nos encaixamos… isso para dizer o mínimo…

As pessoas lançam mão de vários recursos para fugir de si mesmas, pois não sabem qual seu papel no palco onde foram jogados… e quando encontram algum que parece lhes servir, tarde demais descobrem que estão interpretando o personagem errado…

A vida é feita de enganos e desenganos. O problema é que quando descobrimos estar enganados o barco já passou… e nem sempre conseguimos alcançá-lo a nado… mas cada um tem seu destino e, de uma maneira ou de outra, acaba chegando onde deveria chegar. Infelizmente, não sem sequelas. Mas assim é a vida, não é mesmo? Tudo, absolutamente tudo, tem um preço a pagar… cabe a nós decidir se vale a pena ou não…

Uma coisa é certa … não fosse a esperança que habita nosso coração e com certeza estaríamos ainda mais perdidos… pois a esperança sempre acende uma luz que nos guia nessa senda por vezes triste e perigosa da vida…

Tania Miranda

Trabalho como Agente de Organização Escolar (Secretaria de Educação do Estado de São Paulo) embora no momento esteja prestando serviço junto ao TRE, no Cartório Eleitoral como Auxiliar Requisitada. Gosto de escrever, tenho dois livros publicados, “Tirésias, a dualidade da alma humana”(autobiografia), pela Editora Verso e Prosa e “A volta do Justiceiro”, romance explorando o folclore brasileiro, publicado pela UICLAP. Publico crônicas diariamente em alguns grupos, meu perfil e meu blog… (taniamirandablog.blogspot .com)… sou casada, tenho quatro filhos e dois netos, sendo que minha neta mora comigo desde os três meses de idade…